Por que as dietas "low carb" não são o padrão recomendado pelo médicos?

Se você leu todos os posts até aqui, deve estar fazendo-se a mesma pergunta? Dada a pletora de evidências em favor da restrição de carboidratos, por que a sabedoria convencional não as recomenda, tratando-as como “modas passageiras”? Primeiramente, pode lhe surpeender esta informação, mas isto já foi a sabedoria convencional até os anos 50. Remeto o leitor aos livros “Good Calories, Bad Calories” e “Why We Get Fat?” para uma descrição detalhada das recomendações dietéticas dos livros médicos e da literatura leiga daquela época. Para nós aqui, mais importante é enteder por que a restrição de carboidratos deixou de fazer parte da sabedoria convencional no que diz respeito à perda de peso.

Para mim não resta dúvida de que a culpa recai sobre a teoria lipídica das doenças cardiovaculares, isto é, de que a gordura na dieta seria a causa das doenças cardíacas e vasculares. Afinal, se as gorduras são perigosas, uma dieta que aumente o consumo de gordura poderia nos matar, mesmo que perdêssemos peso no processo.

Por incrível que pareça, nenhum estudo científico sério (e houve vários) conseguiu reduzir a mortalidade com a restrição de gorduras na dieta, de modo que a recomendação neste sentido não é baseada em evidências. Veremos adiante este assunto em detalhes. Abordaremos tanto a falha da confirmação experimental da eficácia da restrição de gorduras na dieta, quanto os motivos evolutivos pelos quais esta hipótese era improvável desde o seu nascimento.

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