Estava escutando o noticiário da Rádio Jovem Pan ontem pela manhã, quando ouvi a notícia de que o dia marcava o início do “setembro vermelho”, com a campanha denominada “Siga Seu Coração”, com o objetivo de conscientizar sobre a importância da prevenção das doenças do coração:
Pois bem, em entrevista à rádio, o cardiologista Marcelo Sampaio, diretor do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, resumiu de forma brilhante, em poucos minutos, as principais recomendações dirigidas à prevenção de doenças cardíacas:
No clipe abaixo, separei apenas as recomendações dietéticas:
Se o leitor está surpreso (com a orientação de restringir carboidratos), não deveria estar. Na verdade, esta tem sido a nova tendência entre os especialistas que se dedicam à prevenção. Ocorre apenas que muitos médicos e nutricionistas ainda estão focados em conceitos aprendidos nos anos de faculdade.
À guisa de ilustração, veja o que apareceu no blog da American Heart Association em setembro do ano passado:
“Há uma concepção errônea de que a Associação Americana de Cardiologia (AHA) apoia uma dieta de baixa gordura”, diz Rachel Johnson, PhD, MPH, RD, professora de nutrição na Universidade de Vermont e última presidente do Comitê de Nutrição da AHA. “Nós não estamos mais dizendo que uma dieta low fat (baixa gordura) é a resposta. Nós recomendamos gordura moderada com foco em gorduras saudáveis, e suas escolhas de carboidratos precisam ser focadas”.
Isto significa limitar açúcar adicionado e carboidratos refinados. Nos últimos 10 anos, a AHA tem colocado uma grande ênfase em limitar o açúcar na dieta.
“A ciência evoluiu, e comer muitas calorias oriundas de açúcar é perigoso para a sua saúde cardiovascular“, disse Rachel Johnson. “Açúcar de bebidas como refrigerantes determinam um alto risco de sobrepeso e obesidade”.
Sinal dos tempos…